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25 janeiro 2018

Diário de Notícias Madeira: «Funchal capital da Poesia Experimental»

Diário de Notícias Madeira
Funchal capital da Poesia Experimental
É um desperdício se não houver esse investimento. Herberto Hélder e António Aragão deixaram legado importante.

O MUDAS.Museu de Arte Contemporânea da Madeira apresentará ao público, no próximo dia 16 de Dezembro, a exposição “Alvoro” da autoria do artista plástico madeirense António Barros. Este projecto, que se constitui como a primeira exposição individual deste autor na Região, residente em Coimbra, contará com o comissariado de Isabel Santa Clara e textos de Tolentino Mendonça. Uma proposta que integra escultura, objectos, fotografia, vídeo e instalação. Ao DIÁRIO o artista defende que a cidade do Funchal poderia ser a cidade sede da Poesia Experimental.

Porquê Alvoro? A grande parte das criações que fabrico e dos textos que escrevo faço precisamente nessa altura. O meu calendário de gestação criativo e artístico é feito na alvorada. Esse desafio do Alvoro é um contributo no sentido de termos consciência que temos de ter soltura e de liberdade, e essa consciência de estarmos preparados para a cada momento começar, recomeçar, começando, e ter uma vitalidade das vivênciações, de forma conjugada e constante.

Utiliza nas criações o luto e a resolução do luto. Porquê essa opção? Quem estudou o Winnicott percebe que a consciência que a criança tem é perceber que não faz mais parte do corpo da mãe. A criança, recém-nascida, tem a consciência que é parte integrante do corpo da mãe. Quando se apercebe que não acontece, faz o primeiro luto. No meu percurso de vida venho construindo objectivos transitivos para resolver os lutos. Algumas vezes temos a capacidade para resolvermos esse lutos, outras não. O meu trabalho é uma elegia à obra do Winnicott, mas uma elegia à capacidade de resolver o luto e ter a tal capacidade de recomeçar uma nova vida

Balsamar é uma peça referência que criou. Gostava que ficasse por cá? É a terceira vez que é apresentada. A primeira foi no Museu de Água, em Coimbra. Sim, claro que gostava que ficasse. Em principio irá ficar.

No Mudas? Sim. Está em estudo mas ficará como parte integrante da colecção do Museu Arte Contemporânea.

Funchal daria uma cidade sede da Poesia Experimental? Com certeza. Teria consequências bem interessantes. É um desperdício se não houver esse investimento, porque na cultura literária desta geografia temos nomes fundamentais na gestação da poesia experimental, como foi o Herberto Hélder e António Aragão. Depois teve continuidade, que não se esgota nesses nomes, que foram fundacionais da consciência e da cultura da poesia experimental.

Seria uma espécie de homenagem? Também, mas não ficaríamos pelas homenagens, porque parece o fim da linha. Seria um Alvoro. Seria revitalizar e uma visibilidade a todo um trabalho que foi desenvolvido por António Aragão e Herberto Hélder.

O que é necessário para que isso aconteça? Determinação.

De quem? De quem tiver autoridade e dos próprios cidadãos que se podem organizar nesse sentido. A ideia que o poder político é que tem de gerar e gerir e conduzir todos os processos, não é propriamente conveniente.

António Barros poderia ser o rosto dinamizador desse movimento? Daria... como tenho feito sempre, o meu contributo, mas existem pessoas mais vocacionadas e legitimadas para isso, porque são cá residentes.

Além de António Aragão e Herberto Hélder, vê mais alguém com potencial na poesia experimental? Uma das exposições que fiz na Região foi em comunhão com António Dantas que tem uma obra muito interessante nesta territorialidade. Existem outros, como Raul Albuquerque, que não sendo de cá, tem feito um trabalho muito interessante. Curiosamente ele é de Coimbra, reside cá. Eu sou de cá, resido em Coimbra, mas um artista é aquele que não tem rédeas nem balizamentos nem ter essas fronteiras tão severas.

Para crescer enquanto artista não precisamos de sair da ilha? Claro que não. Até é um privilégio ter esta incubadora de criação.

Mas teve de sair. Porquê essa opção? Fi-lo para fazer os estudos que precisava fazer, porque não havia nenhuma faculdade de medicina na Madeira. Fiz esse percurso nas ciências da saúde. Uma das áreas que me interessava era a formação e sensibilização para os domínios sensoriais que as áreas da arte também trabalham.

Já o ouvi dizer que esta sociedade respeita mais um médico que um artista. Optou por ser artista em vez de médico... É preciso ser corajoso. Uma das condições para ser artista é ser corajoso, ser resiliente, determinado e ter grandes convicções. Há que ser pessoa e ter dimensão de cidadania. A arte que trabalho é de grande compromisso sociológico...

E de crítica política? Também.

Esta geração deveria pintar os bigodes de Gioconda? Esta e as que vierem a seguir. O José Ernesto Sousa dizia isso para a minha geração. Eu recebi esse legado e transmito para a geração seguinte que provavelmente transmitirá a outras.

Porquê esse desafio? Há que ter uma vida activa e dinâmica. A ousadia e a irreverência são fundamentais para a saúde mental.

Esta geração não tem essas qualidades? Há quem tenha, mas há também quem não tenha. É um convite, um estimulo e o desafio à geração presente. Não é uma avaliação.

Há vários trabalhos que assina sobre a saída de valores, uma crítica política incisiva... Sim, inclusivamente no domínio videográfico comprometido com a arte sociológica e uma análise crítica aos tempos de hoje que não se esgotam nas peças presentes.

Porquê a escolha de Tolentino Mendonça para participar nesta exposição? Curiosamente a escolha foi de Isabel Santa Clara, a curadora desta exposição e que propôs que o catalógo tivesse um texto dela e de José Tolentino Mendonça, que fiquei agradado. Não tem qualquer compromisso com o enquadramento religioso que tem, e tenho todo o respeito por todas as religiões, desde que defendam o principio da humanidade e dos valores de civilização. Gosto da pessoa, das suas inquietações. Gosto disso.

Seguir-se-ão outros projectos? Tenho uma exposição em Coimbra, no Museu da Água, e estou a preparar uma exposição em Cáceres, Espanha. Este projecto é a conjugação de três museus.

in Diário de Notícias da Madeira, 15 de Dezembro de 2017

05 abril 2017

António Aragão recalled at the Electronic Literature Organization 2017 Conference, Festival and Exhibits (Oporto city)

The ELO (Electronic Literature Organization) is pleased to announce its 2017 Conference, Festival and Exhibits, to be held from July 18-22. The Conference is hosted by University Fernando Pessoa, Porto, and the Festival and Exhibits will be held in the center of the historic city of Porto, Portugal.

Titled «Electronic Literature: Affiliations, Communities, Translations», ELO'17 will welcome dialogues and untold histories of electronic literature, providing a space for discussion about what exchanges, negotiations, and movements we can track in the field of electronic literature.

The three threads (Affiliations, Communities, Translations) will weave through the Conference, Festival and Exhibits, structuring dialogue, debate, performances, presentations, and exhibits. The threads are meant as provocations, enabling constraints, and aim at forming a diagram of electronic literature today and expanding awareness of the history and diversity of the field.

Our goal is to contribute to displacing and re-situating accepted views and histories of electronic literature, in order to construct a larger and more expansive field, to map discontinuous textual relations across histories and forms, and to create productive and poetic apparatuses from unexpected combinations.

Affiliations

Electronic literature is trans-temporal. It has an untold history.

Topics: Multiple diachronic and genealogical perspectives on electronic literature, providing room for comparative studies; Untold archeologies and commerces between electronic literature and other expressive and material practices; Intermedia and ergodicity in Baroque poetry, futurism and dada; concretism, Videopoetry and Fluxus; Videoart and soundart; and how these expressive forms are recreated and transcoded in digital forms of literature; Early experiments in generative and combinatory literature; Performances mapping the aesthetic and material antecedents of electronic literature; Attention to remixing/re-coding of previous materials from the avant-gardes.

Communities

Electronic literature is global. It creates a forum where subjects in the global network act out and struggle over their location and situation.

Topics: Expanding our understanding of electronic literature communities and how literature is accounted for within diverse communities of practice; Case studies of individual communities as well as broader engagement with how communities form and develop, and how they interact with and create affinities with other communities; Comparative case studies: Artists’ books; Augmented and Virtual Reality; Perl poetry; Sound-video practitioners; ASCII art and Net.Art; Hacktivism/Activism; Memes and Fan Fiction cultures; Minecraft, Twine, Bots and Indie Gaming; kids' e-lit; and how these practices are connected to electronic literature. Performances engaging with the diversity of practices in electronic literature and affiliated communities, as well as their critical awareness of network aesthetics.

Translations

Electronic literature is an exchange between language and code. It contains many voices.

Topics: Electronic literature as translation in the broadest possible sense; Beyond interlinguistic translation: emulations, virtualizations, re-readings, and interpretations; Limits and specifics of the programmability of natural languages as a means of literary expression; Plagiotropy; Linguistic, intermedial and intersemiotic translation; Code and text translation; Generative literature and emulations of historic electronic literature; Re-readings and interpretations of previous works; How these activities expand our understanding of literature and textuality; Performances addressing linguistic reflexivity and their engagement with translation, broadly understood, i.e., as a transcoding mechanism involving exchange in and across media, languages and cultures.

17 março 2017

António Aragão na Conferência ELO'17 «Electronic Literature: Affiliations, Communities, Translations»


A ELO - Electronic Literature Organization está a organizar a conferência «Electronic Literature: Affiliations, Communities, Translations», a ter lugar este ano no Porto, entre 18 e 22 de Julho. Tendo como Chair Rui Torres (Universidade Fernando Pessoa) e Sandy Baldwin (RIT), a edição deste ano pretende ser um espaço de debate sobre intercâmbios, negociações e movimentos no campo da literatura eletrónica. A ELO Conference é um evento incontornável nesta área de investigação. É a primeira vez que esta conferência é organizada em Portugal e, este ano, contará com a presença de mais de 250 académicos e artistas, oriundos de mais de 35 países.
A Obra de António Aragão será abordada na sua condição de pioneira no âmbito da Poesia Experimental Portuguesa.
Website oficial da conferência:

Obras de António Aragão em exposição na Galeria ZDB (Lisboa) até 15 de Abril

in Observador, 12/02/2017:
Jornalista Joana Emídio Marques
Redescobrir a Poesia Experimental Portuguesa na ZDB


Dois cartazes de António Aragão, Operação 1 (1967), o mais importante autor deste movimento

Na Lisboa do fim dos anos 50 entre Surrealistas, Abjecionistas e Neorealistas, de costas voltadas para o Orfeu de Pessoa e fora das portas do Café Gelo, surgia aquele que foi, e é, o mais marginal e o menos conhecido movimento literário português do século XX: a Poesia Experimental.

Não obstante ter congregado nomes como Herberto Helder, Alexandre O’ Neill, Ana Hatherly, António Barahona, E.M Melo e Castro ou Luiza Neto Jorge, aquele que ficou conhecido como o PO-EX, foi sempre olhado com a paternalista condescendência de quem observa uma brincadeira de crianças. E se no Brasil a poesia concreta tem, até hoje, uma forte pujança e ganhou fôlego com as novas tecnologias, em Portugal este género de obras tem poucos seguidores. Assim, a exposição VERBOVOCOVISUAL, na Galeria Zé dos Bois, no Bairro Alto, em Lisboa (inaugura a 12 de fevereiro), promete ser uma pedrada no charco. São quase uma centena de obras, realizadas entre 1960 e 1975, happenings, conferências, lançamentos de livros, performances para ver ao longo dos próximos dois meses e redescobrir a génese deste projeto artístico que durante mais de uma década colocou Portugal na vanguarda da poesia.

Para as 17 horas do dia 12 de Fevereiro, está marcada uma reencenação do happening “Concerto e Audição Pictórica”. Este concerto aconteceu um dia depois da inauguração da primeira exposição do movimento, em 1965, e será agora recriado pelos poetas e músicos Américo Rodrigues, António Poppe, Rafael Toral, Nuno Moura, Lula Pena, entre outros.

“A Poesia Experimental tinha um amplexo de liberdade, de rutura e uma força criativa verdadeira, do tempo em que o pão se fazia com boa farinha. Eles criaram uma relação de agitação de inquietação com o leitor, com o espectador e acredito que essa inquietação faz a falta hoje. A PO-EX tinha um forte carácter político mesmo que isso não fosse tão óbvio como era o Neorealismo”, afirma Natxo Checa, o curador da exposição, que quer chegar a um público alargado, que não é só o público da poesia ou da música mas que é o público diferenciado da ZDB. “Esta é uma exposição histórica, não espero menos do que 50 pessoas por dia”, diz, ainda.

PO-EX: a poesia como arte total

Esta ambiguidade, indefinibilidade e polivalência do real são testemunhadas, no plano da representação estética, pela experimentação e o encontro sucessivo, desajustamentos e ajustamentos entre a imaginação e a realidade (…) Trata-se de uma regra tradicional que a tradição esquece, quando perde o dinamismo sobre que assenta. Porque a tradição é um movimento. Em principio não existe nenhum trabalho criativo que não seja experimental…”Herberto Helder, 1964
Este excerto pertence ao editorial do primeiro número dos Cadernos de Poesia Experimental, de 1964, a primeira publicação dedicada a este movimento e que é organizado por Herberto Helder em conjunto com António Aragão. Não tendo nunca havido um manifesto, este texto, que pode ser visto e lido na ZDB, traça as ambições do PO-EX: contrariar a estereotipização do poder criativo operada pelo cânone literário e, como acrescentará Ana Hatherly “pelos mitos enraizados no meio literário português, como a verdade, o talento, a inspiração”.

O movimento rejeita o psicologismo , o projeto nacionalista órphico, o sentimentalismo, as regras da métrica e da gramática e aproxima-se do movimento da poesia concreta brasileira iniciado no início da década de 50 pelos irmão Haroldo e Augusto Campos, Décio Pignarati, Pedro Xisto. Estes autores também estão representados na VERBOVOCOVISUAL, tal como Pierre Garnier, Henri Chopin, Ian Hamilton Finlay, John Furnival, Ken Cox, Bob Cobing, dos movimentos da poesia experimental da Alemanha, França e Inglaterra.

A Poesia Experimental aproximava-se do matemático e do maquínico, dos algoritmos mas também recuperava os milenares pictogramas, hieróglifos, anagramas. Letras, notas musicais, onomatopeias, filmes, grafittis, banda-desenhada, ready-mades, escultura, cartazes. Era, enfim, uma “máquina de emaranhar paisagens”, retomando o titulo de um poema de índole experimental de Herberto Helder. Resumindo, nem sempre podia estar contida num livro, precisava das ruas, precisava do corpo dos autores, aspirava a ser não apenas um ato intelectual, uma fruição burguesa, mas uma experiência corpórea, sensorial total. Escreve Ana Hatherly:

Tratava-se de um acto de rebeldia contra o status quo, um questionar profundo da razão de ser do acto criador. Uma arte que assume ser sempre metalinguagem e uma reflexão sobre o código(…) pois a literatura de hoje reflete e ilustra a decadência da classe dominante, que dela se apropriou para uso rotineiro e institucional…”
Apesar de o movimento só aparecer formalmente nos anos 60, a verdade é que já nos anos 50 surgem trabalhos que se aproximavam ao que estava a ser feito pelo Movimento da Poesia Concreta no Brasil. Um dos primeiros é a obra Espelho Cego de Salette Tavares (1957), autora que viria a ser uma das mais profícuas deste movimento com os seus “jogos gráficos de escrita, de desconstrução de palavras, repetição e omissão, transformação da sintaxe, brincadeiras com letras soltas, que geram novos e provocatórios significantes e significados”, como escreve Adelaide Ginga do MNAC. Mas há também trabalhos de José-Alberto Marques, de 1958, de Alexandre O’Neill, de 1960.

Ao longo de mais de uma década o PO-EX viria a juntar poetas de passagem como Herberto Helder, António Barahona, Cesariny, Ângelo de Lima, Ramos Rosa que depois derivaram para outras formas poéticas, mas também nomes que se confirmaram dentro do PO-EX, entre eles António Aragão, E.M Melo e Castro e Ana Hatherly, Liberto Cruz (Álvaro Neto), Abílio-José Santos, Fernando Aguiar e Silvestre Pestana. Todos eles representados agora na ZDB.

Apesar de ter perdido a força combativa depois de 1975, e de ter poucos seguidores o PO-EX teve ainda contribuições importantes nas performances de Alberto Pimenta e a VERBOVOCOVISUAL homenageia também este autor e outros devedores do experimentalismo como os Calhau!, Alexandre Estrela, B-Fachada, Manuela Pacheco e Sei Miguel.

Como escreve Rui Torres, um dos autores com mais investigação desenvolvida sobre a Poesia Experimental Portuguesa e cujo trabalho pode ser visto aqui: “A poesia experimental continua a ter uma posição marginal no mercado literário”. Os seus formatos anteriores e atuais escapam sempre ao convencionalismo, hibridizam os géneros, procuram transgredir a gramática enquanto forma de poder sobre a linguagem.

VERBOVOCOVISUAL

Propondo um percurso expositivo cronólogico, VERBIVOCOVISUAL percorre os antecedentes da poesia experimental através de bibliografia nacional e internacional publicada entre meados dos anos 50 até 1975. As publicações coletivas que nomearam a poesia Experimental: PO-EX 1 e 2, Operação 1 e 2 e Hidra 1 e 2 expostas nas paredes cruzam-se com “Ideogramas” de Ernesto de Melo e Castro, obra fundamental do concretismo literário português. Definem ainda o espaço os filmes “Roda Lume” (1968) de Melo e Castro e “Música Negativa” (1977) de Ana Hatherly, objetos poemáticos e espaciais de António Aragão ou Salette Tavares, e outros trabalhos originais em formatos diversos incluindo cartazes, pintura, desenho, serigrafia, folhas de sala, etc.

O percurso é encerrado com a reposição da exposição “Concepto Incerto”, que Ernesto M. de Melo e Castro apresentou em 1974 na livraria Bucholz em Lisboa.

VERBIVOCOVISUAL: Poesia concreta e experimental portuguesa de 1960 a 1975 está patente na ZDB, de 12 de fevereiro a 15 de abril, Segunda a Sábado, 19h00 às 23h00. A Curadoria pertence a Natxo Checa. Entrada: 2 euros


05 maio 2016

Poesia Experimental Portuguesa: Contextos, Ensaios, Entrevistas, Metodologias.

Poesia Experimental Portuguesa: Contextos, Ensaios, Entrevistas, Metodologias.

Organização: Prof. Dr. Rui Torres

Este livro contém alguns dos resultados do projecto "PO.EX 70-80 - Arquivo Digital da Literatura Experimental Portuguesa", financiado pela Fundação para a Ciência e a Tecnologia com fundos da União Europeia, o qual teve como Investigador Responsável o Prof. Dr. Rui Torres, e como Instituição Proponente a Fundação Ensino e Cultura Fernando Pessoa (FECFP). O Arquivo Digital da Literatura Experimental Portuguesa está disponível em http://www.po-ex.net.

30 março 2016

Em Legítima Defesa: António Aragão

 http://www.bprmadeira.org/site/index.php/noticias/4411-em-legitima-defesa-encontros-com-poesia-musica-e-outras-artes-na-madeirauma-cierl

No âmbito do Programa de Formação Contínua da Universidade da Madeira / CIERL, Projecto Tratuário - Percursos para a História da Cultura Madeirense, e contando com o apoio do Governo Regional da Madeira, terá lugar no Auditório do Arquivo Regional da Madeira, a partir das 12 horas do dia 2 de Abril de 2016, conferência e debate sobre a Poesia de António Aragão. António Aragão é uma das mais importantes personalidades de sempre da Cultura Madeirense.

11 outubro 2014

Interpretação cénica de obras da Poesia Experimental Portuguesa: Leonor verdura



Leonor verdura: interpretação cénica de obras da poesia experimental portuguesa | Actores: Bruno Vilão e Íris Santos | Encenação: M. Almeida e Sousa | Produção: Mandrágora - Centro de Cultura e Pesquisa de Arte | Imagem (vídeo): Bruno Corte Real | Som: Ricardo Mestre.
 

Arquivo Digital da PO.EX


Poesia Experimental é o título de uma Revista organizada por António Aragão & Herberto Helder (Número 1, 1964) e António Aragão, E. M. de Melo e Castro & Herberto Helder (Número 2, 1966) <> PO.EX é um acrónimo de POesia.EXperimental criado por E. M. de Melo e Castro para a exposição PO.EX/80 (Galeria Nacional de Arte Moderna, Lisboa) e usado no título do livro 'PO.EX: Textos teóricos e documentos da poesia experimental portuguesa' (org. E. M. de Melo e Castro & Ana Hatherly, 1981) <> Po-ex.net é um domínio web criado para disseminação da PO.EX na Internet (2005).
Po-ex.net resulta de dois projectos financiados pela Fundação para a Ciência e a Tecnologia / União Europeia <> CD-ROM da PO.EX (Poesia experimental portuguesa, Cadernos e Catálogos) e PO.EX'70-80 - Arquivo Digital da Literatura Experimental Portuguesa. <> Po-ex.net é membro do CELL-Consortium on Electronic Literature, da ELO-Electronic Literature Organization.
Responsável principal: Prof. Dr. Rui Torres.
 

26 fevereiro 2012

Entrevista a Fernando Aguiar sobre a Poesia Experimental Portuguesa



Entrevista a Fernando Aguiar, produzida pela Galeria dos Prazeres e realizada por Luís Tranquada, sobre a Poesia Experimental Portuguesa. Fernando Aguiar é, na actualidade, um dos artistas mais activos da Poesia Experimental Portuguesa, com amplo reconhecimento internacional. O papel Histórico de António Aragão é destacado várias vezes ao longo da mesma entrevista.

10 maio 2011

Fundação de Serralves leva António Aragão a Viana do Castelo



Metanemas, António Aragão, 1981




Serralves inaugura exposição em Viana do Castelo com obras de António Aragão





O Presidente do Conselho de Administração da Fundação de Serralves, Luís Braga da Cruz, esteve em Viana do Castelo para a abertura da exposição “Poesia Experimental Portuguesa” da Colecção da Fundação de Serralves. A mostra, comissariada por João Fernandes, está patente no Museu de Arte e Arqueologia de Viana do Castelo, onde pode ser visitada até 11 de Setembro. A exposição “Poesia Experimental Portuguesa” da Colecção da Fundação de Serralves recupera e apresenta obras paradigmáticas da intervenção experimental de artistas e poetas portugueses entre as décadas de 60 e 80. Entre outros, estão patentes obras de Ana Hatherly, António Aragão, António Barros, Ernesto Melo e Castro, Fernando Aguiar, Salette Tavares e Silvestre Pestana.

Recorde-se que esta é mais uma forma de colaboração entre a Fundação e a Câmara de Viana do Castelo, que assinaram em 2010 um protocolo que permitiu a Viana do Castelo integrar a Fundação como Câmara Fundadora. Enquanto tal, a autarquia passa assim a ter “regalias” como a organização anual de uma grande exposição de arte contemporânea, entradas gratuitas para crianças e jovens estudantes e residentes com idade superior aos 65 anos, a organização de visitas guiadas gratuitas, a colaboração com as escolas em programas pedagógicos e a participação especial em eventos da Fundação de Serralves, entre outras.

Com o protocolo, ficou assim criado um projecto de promoção e divulgação cultural e ambiental tendo em vista a aproximação das populações às linguagens da produção cultural contemporânea e à sensibilização ambiental, bem como à importâncias da Inovação e Criatividade no desenvolvimento económico e social.


Publicado em 09 de Maio de 2011, por TV Minho,
in http://www.tvminho.net/8/post/2011/5/serralves-inaugura-exposio-em-viana-do-castelo.html


06 maio 2011

António Aragão em Viana do Castelo, pelo Museu de Serralves


Viana do Castelo: Poesia Experimental de Serralves inaugurada a 6 de Maio de 2011, com obras de António Aragão



Serralves inaugurou hoje às 16:00 horas a exposição «Poesia Experimental Portuguesa», com obras da sua Colecção, no Museu de Arte e Arqueologia (MAA) de Viana do Castelo.

Comissariada por João Fernandes, director do Museu de Serralves, a mostra inclui obras de Ana Hatherly, António Aragão, António Barros, Ernesto Melo e Castro, Fernando Aguiar, Salette Tavares e Silvestre Pestana, entre outros autores.

A partir de meados da década de 60, um grupo de artistas e poetas portugueses configuram, a partir da Poesia Visual, um momento de ruptura que redefine os conceitos de texto e de objecto artístico, fazendo coincidir um discurso poético com um discurso político e com a elaboração conceptual do espaço e dos objectos como transformadores da percepção e da sociabilidade, explica a Fundação.

A exposição recupera e apresenta obras paradigmáticas desta intervenção experimental, realizada entre a década de 1960 e a de 1980.


in Diário Digital, 06 Maio 2011,


09 março 2011

Breves sobre António Aragão


Capa do catálogo-antologia "Concreta. Experimental. Visual" (1989),
com um poema visual de António Aragão de 1963.



Poesia Experimental Portuguesa
na Colecção da Fundação de Serralves



23 de Fevereiro a 16 de Abril de 2011 - BIBLIOTECA MUNICIPAL DA PÓVOA DE VARZIM

«A partir de meados da década de 60, um grupo de artistas e poetas portugueses configuram, a partir da Poesia Visual, um momento de ruptura que redefine os conceitos de texto e de objecto artístico, fazendo coincidir um discurso poético com um discurso político e com a elaboração conceptual do espaço e dos objectos como transformadores da percepção e da sociabilidade.

A presente exposição recupera e apresenta obras paradigmáticas desta intervenção experimental, realizada entre a década de 60 e a década de 80. Entre outros autores serão apresentadas obras de: Ana Hatherly, António Aragão, António Barros, Ernesto Melo e Castro, Fernando Aguiar, Salette Tavares e Silvestre Pestana.»

Comissariado: João Fernandes.








Fernando Aguiar na Madeira


Fernando Aguiar inaugurou no dia 4 de Março a sua primeira exposição na Madeira (“Art actions again“), a qual foi acompanhada pela sua performance “Poesia sonora LXXXVIII”. Fernando Aguiar é, na actualidade, um dos artistas mais activos da Poesia Experimental Portuguesa, sendo um admirador e grande amigo de António Aragão. A sua presença na Madeira deve-se à Galeria dos Prazeres, após sugestão de Marcos Aragão Correia.