04 outubro 2016

Dr. Fernando Aguiar confirmado como Membro do Júri da In Memoriam António Aragão

O convite endereçado pela Família de António Aragão ao Dr. Fernando Aguiar para integrar o Júri dos Concursos de 2017 do Projecto Cultural "In Memoriam António Aragão" foi aceite. Confirma-se assim a presença de mais uma destacadíssima personalidade da Cultura no Júri do Projecto, sendo que em breve serão conhecidos os três nomes que o completam, os quais serão indicados pelo Prof. Dr. Rui Torres.

                                     FERNANDO AGUIAR

Nasceu em Lisboa, em 1956.

Licenciado em Design de Comunicação pela Escola Superior de Belas-Artes de Lisboa.

Publicou 16 livros de poesia, 1 livro de contos, 2 livros de performance, 3 livros infantis, 4 antologias de poesia experimental portuguesa e 2 antologias de poesia visual internacional em Portugal, Alemanha, Brasil, Itália, Espanha, Canadá, Irlanda, U.S.A. e em Inglaterra.

Foi incluído em 85 antologias de literatura contemporânea em Portugal, França, Itália, México, Canadá, Inglaterra, Jugoslávia, U.S.A., Alemanha, Suiça, Brasil, Espanha, Rússia, Hungria, Cuba, Moçambique e no Japão. Colaborou em mais de 750 jornais e revistas de arte e literatura de 38 países. Trabalhos seus foram publicados nas capas de 43 dessas revistas e na contracapa de outras 16, assim como em 13 capas de livros e catálogos e em 5 cartazes de exposições internacionais.

Realizou 46 exposições individuais em Portugal (Lisboa, Torres Vedras, Setúbal, Amadora, Vila Franca de Xira, Porto, Sintra, Abrantes, Caldas da Rainha, Palmela, Coimbra e em Idanha-a- Nova), Hungria (Budapeste), México (Cidade do México), Polónia (Wroclaw, Lublin e Chelm), Itália (Milão, Spoleto e Scandiano), Espanha (Malpartida de Cáceres e Madrid), Bélgica (Hasselt), Emiratos Árabes Unidos (Sharjah), Cuba (Havana) e no Brasil (Bento Gonçalves).

Participou em cerca de 640 exposições colectivas de poesia visual, pintura, serigrafia, fotografia, e em Festivais de video, instalação e performance-arte em 30 países europeus, e no Brasil, U.S.A., Canadá, México, Panamá, Japão, Austrália, República Dominicana, Argentina, Colômbia, Emiratos Árabes Unidos, Cuba, Macau, Coreia do Sul, Hong-Kong, Venezuela, Egipto, Quénia e na China.

Desde 1983 apresentou mais de 230 intervenções e performances poéticas em 120 Festivais Internacionais e em Museus e Galerias em Portugal, Espanha, França, Hungria, Itália, Canadá, Polónia, México, República Checa, Brasil, Japão, República Eslovaca, U.S.A., Alemanha, Holanda, Colômbia, Macau, Islândia, Hong Kong, Cuba, Turquia, Coreia do Sul, Argentina, Suiça e na China, nomeadamente no Centre Georges Pompidou (Paris), Centro de Arte Moderna da Fundação Calouste Gulbenkian (Lisboa), Casa de Serralves (Porto), Tokyo Metropolitan Art Space (Tóquio), Villa delle Rose/Galleria D’Arte Moderna (Bolonha), Mexic-Arte Museum (Austin, Texas), Minami W. Community Cultural Center (Hiroshima), Musée D’Art Contemporain (Marselha), Centro Cultural Santa Teresa (Cidade do México), Metrónom (Barcelona), Cultural Centre of Almássy Tér (Budapeste), Museo Vostell Malpartida (Malpartida de Cáceres), Círculo de Bellas Artes (Madrid), Museu Nacional do Traje (Lisboa), IVAM – Institut Valencià d’Art Modern (Valencia), Beijing Tokyo Art Projects (Pequim), Hong Kong Arts Centre (Hong Kong), Reykjavík Art Museum (Reykjavík), Museu Condes Castro Guimarães (Cascais), Centre Culturel Calouste Gulbenkian (Paris), National Gallery (Praga), Casa das Artes de Vila Nova de Famalicão (V.N. de Famalicão), Chapelle de la Vieille Charité (Marselha), Centro Cultural “La Alhóndiga” (Zamora), Panteão Nacional (Lisboa), Matadero Madrid (Madrid), Centro Cultural da U.F.M.G. (Belo Horizonte) e também na Porto 2001 – Capital Europeia da Cultura, na secção “Extra 50” da 50ª Bienal de Veneza e na 8ª Bienal de Havana.

Organizou colectâneas de Poesia Visual Portuguesa para as seguintes revistas e jornais culturais: “JORNAL DE LETRAS, ARTES E IDEIAS” Nº 145 (Lisboa); “POSTEXTUAL” Nº 1, Cidade do México (México); “DOC(K)S” Nº 80/86, Ventabren (França); “Score” nº 10, Oakland (U.S.A .); “ENCONTRO – Suplemento do Comércio de Porto” Nº 101, Nº 108, Nº115, Nº 122, Nº 143 e Nº 150, (Porto); “DIMENSÃO – Revista Internacional de Poesia” Nº 22, Uberaba (Brasil); “VISIBLE LANGUAGE” Vol. 27/Nº 4, Providence (U.S.A .) e “PHAYUM” Nº 10, Bernicarló (Espanha).

Organizou diversas exposições de Poesia Visual Portuguesa e Internacional em Galerias e Museus em Lisboa, Torres Vedras, Évora, Coimbra, Amadora, Setúbal, Porto, Torre de Moncorvo e em Vila Nova de Foz Côa. Co-organizou a exposição “CONCRETA. EXPERIMENTAL. VISUAL – Poesia Portuguesa 1959-1989 na Universidade de Bolonha (Itália), nas Universidades de Lyon e de Poitiers, e no Centro Cultural Português da Fundação Calouste Gulbenkian em Paris (França).

Apresentou palestras e participou em mesas-redondas na Hungria, Polónia, Japão, França e nos Emiratos Árabes Unidos, assim como na Università di Bologna (Bolonha), Faculdad de Ciencias Politicas e Sociales (Cidade do México), Filosofická Fakulta University Karlovy (Praga), Universidad Internacional de Andalucia (Huelva), Humboldt Universität (Berlim), Universidade de Sevilla (Sevilha), na Faculdade 7 de Setembro e na Universidade de Fortaleza – UNIFOR (Fortaleza), Universidade Nova (Lisboa), U.F.M.G. (Belo Horizonte) e no Centre de Cultura Contemporània de Barcelona (Barcelona).

Organizou colectâneas de Poesia Visual Portuguesa para as seguintes revistas e jornais culturais: “JORNAL DE LETRAS, ARTES E IDEIAS” Nº 145 (Lisboa); “POSTEXTUAL” Nº 1, Cidade do México (México); “DOC(K)S” Nº 80/86, Ventabren (França); “Score” nº 10, Oakland (U.S.A .); “ENCONTRO – Suplemento do Comércio de Porto” Nº 101, Nº 108, Nº115, Nº 122, Nº 143 e Nº 150, (Porto); “DIMENSÃO – Revista Internacional de Poesia” Nº 22, Uberaba (Brasil); “VISIBLE LANGUAGE” Vol. 27/Nº 4, Providence (U.S.A .) e “PHAYUM” Nº 10, Bernicarló (Espanha).

Organizou diversas exposições de Poesia Visual Portuguesa e Internacional em Galerias e Museus em Lisboa, Torres Vedras, Évora, Coimbra, Amadora, Setúbal, Porto, Torre de Moncorvo e em Vila Nova de Foz Côa.

Co-organizou a exposição “CONCRETA. EXPERIMENTAL. VISUAL – Poesia Portuguesa 1959-1989 na Universidade de Bolonha (Itália), nas Universidades de Lyon e de Poitiers, e no Centro Cultural Português da Fundação Calouste Gulbenkian em Paris (França).

Organizou o 1º FESTIVAL INTERNACIONAL DE POESIA VIVA no Museu Municipal Dr. Santos Rocha, na Figueira da Foz.

Co-organizou PERFORM’ARTE - I ENCONTRO NACIONAL DE PERFORMANCE em Torres Vedras, e organizou o II ENCONTRO NACIONAL DE INTERVENÇÃO E PERFORMANCE, na Amadora.

Organizou a representação portuguesa na I e III BIENAL INTERNACIONAL DE POESIA VISUAL Y EXPERIMENTAL na Cidade do México.

Entre 1992 e 1998 organizou as “ACÇÕES URBANAS” e as “ACÇÕES & PERFORMANCES” integradas na Semana da Juventude, em Lisboa.

Entre 1996 e 1998 organizou a Secção Europeia da I, II e III MOSTRA EURO-AMERICANA DE POESIA VISUAL realizadas em Bento Gonçalves, Brasil, no âmbito dos Congressos Brasileiros de Poesia.

Em 2008 organizou o CICLO INTERNACIONAL DE PERFORMANCE do 2º ENCONTRO DE ARTE GLOBAL, no Panteão Nacional, em Lisboa.

Foi Júri em diversos prémios literários e de artes plásticas, homenageado em Festivais, membro do comité internacional do Festival de Poèsie – Voix de la Méditerranée (França, 2011-2013) e membro do comité de redação das revistas “DOC(K)S (França), “Rampike” (Canadá) e “Inter – Art Actuel” (Canadá).

Em 1996 recebeu o prémio “LACONICUS” por mérito cultural, durante o IV CONGRESSO BRASILEIRO DE POESIA.

Em 2010 apresentou pela primeira vez obras do seu Arquivo de Poesia Experimental, em Abrantes. O Arquivo Fernando Aguiar contém cerca de 2.800 obras originais de Poesia Visual, Mail-Art, Fluxus e Arte Conceptual.

É autor do “Soneto Ecológico”, uma obra de poesia ambiental constituída por 70 árvores plantadas em 14 filas de 5 árvores (4+4+3+3), numa área aproximada de 110x36 metros, no Parque do Soneto, em Matosinhos, Portugal, 2005.

30 setembro 2016

Diário de Notícias Madeira: Projecto Aragão vai apoiar Cultura

Projecto Aragão vai apoiar Cultura


A família de António Aragão, um dos mais importantes vultos das Artes portuguesa, vai lançar o projecto cultural ‘In Memoriam António Aragão’, que visa apoiar a cultura na Madeira principalmente nas áreas em que trabalhou, de modo a perpetuar a sua memória e obra.
Conforme noticiou ontem o DIÁRIO no dnoticias.pt, o projecto irá não só desenvolver actividades, mas também irá apoiar madeirenses talentosos a serem conhecidos nacional e internacionalmente, destacando-se as áreas da poesia experimental, artes plásticas contemporâneas, artes plásticas etnográficas, conservação do património cultural material e imaterial da Madeira e história da Região.
Numa primeira fase serão promovidos concursos nas diferentes áreas em que António Aragão trabalhou, a que se poderão candidatar todos os residentes na Madeira com trabalhos inéditos. Os prémios e menções honrosas serão atribuídos por um júri e consistirão num valor em dinheiro e na publicação, com divulgação nacional e internacional, das obras premiadas. Numa segunda fase, e com o desenvolvimento das actividades da Associação, constituir-se-á também uma bolsa de estudo dirigida a madeirenses, mediante concurso de selecção por júri.
Para os concursos de 2017 será presidente do júri o professor doutor Rui Manuel Ferreira Leite Soutelo Torres, docente da Universidade Fernando Pessoa.
Marcos e Anabel Aragão Correia explicam que as actividades serão financiadas com dinheiro proveniente da venda do espólio artístico de António Aragão à CMF.
A primeira grande actividade da ‘In Memoriam António Aragão’ para 2017 será um concurso literário para obras inéditas de poesia experimental, da autoria de madeirenses.
Mais informações em www.aragao.org. j.f.p.

in Diário de Notícias Madeira, 30 de Setembro de 2016
http://www.dnoticias.pt/impressa/diario/613666/5-sentidos/613730-projecto-aragao-%07vai-apoiar-cultura

António Aragão confraternizando numa Bienal Internacional de Poesia Experimental no México, em 1990. À sua direita, os poetas (seus amigos) Fernando Aguiar (Lisboa) e César Espinosa (Cidade do México).

27 setembro 2016

Prof. Dr. Rui Torres confirmado como Presidente do Júri da "In Memoriam António Aragão" para os concursos de 2017

Está oficialmente confirmado que o Professor Doutor Rui Torres será o Presidente do Júri da "In Memoriam António Aragão" para o ano de 2017. O Presidente do Júri goza da prerrogativa de escolher outros 3 elementos do Júri, sendo o quinto elemento indicado pela Família de António Aragão (todos os membros do Júri são académicos de reconhecido mérito, tanto nacional como internacionalmente).

                       Resumo biográfico do Prof. Dr. Rui Torres

Rui Manuel Ferreira Leite Soutelo Torres

Distinguished Resident Writer na University of California, Berkeley, Abril de 2016. Convidado do Portuguese Studies Program, Spanish and Portuguese Department, Berkeley Center for New Media, Camões Institute e FLAD-Fundação Luso-Americana para o Desenvolvimento.

Professor Associado com Agregação da Faculdade de Ciências Humanas e Sociais da Universidade Fernando Pessoa, Porto desde 2013. Professor de Comunicação Multimédia; Comunicação Digital; Jornalismo Digital; Análise Semiótica; Literatura Comparada; Criatividade; Produção Digital Multimédia e Webdesign; Sociologia da Informação; Estudos Multimediáticos. [Professor Associado entre 2006 e 2013, tendo leccionado também Cultura e Literatura Brasileira; Culturas Digitais e do Espectáculo; Poética(s) e Poesia Moderna(s) e Contemporânea(s); Métodos Avançados de Criatividade e Inovação; Multimédia, Arte Digital e Interveção Social | Professor Auxiliar entre 2002 e 2006 | Licenciado Assistente entre 1996 e 1997].

Membro do Board of Directors da Electronic Literature Organization desde Janeiro 2014. A ELO, actualmente sediada no Massachusetts Institute of Technology, tem como objectivo facilitar e promover a escrita, publicação e leitura de literatura em meios electrónicos. Inclui como parceiros: electronic book review; ELMCIP; Hermeneia; Library of Congress; LIKUMED; Arquivo Digital PO.EX; Univ. West Sydney; Brown University; EnsAD; UCLA; Univ. Paris 8; Univ. Maryland; Washington State Univ. Vancouver; West Virginia Univ.; MIT; National Digital Information Infrastructure and Preservation Program; Turbulence.

Conferencista Convidado da Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa, Portugal, entre 2007 e 2013, ao abrigo de protocolo assinado com a UFP, como docente do seminário Atelier de e-Textualidade, Seminário comum aos cursos de Artes da Escrita (Pós-Graduação), Edição de Texto (Mestrado), Ciências da Comunicação - Área de Especialização em Comunicação e Artes (Mestrado) e Novos Média e Práticas Web (Mestrado).

Docente do Erasmus Intensive Program European Digital Literatures, realizado durante o Verão na Universidad Complutense de Madrid (Espanha), desde 2012, leccionando os Seminários: Avant-gardes in Poetry (concrete, visual, sound, combinatory); Generation of Text; Portuguese Digital Literature, e tendo como parceiros: Université Paris 8 (França), University of Siegen (Alemanha), Universidade Fernando Pessoa (Portugal), Universitat de Barcelona (Espanha) e University College Falmouth (Reino Unido).

Docente no Master Mundus Crossways in Cultural Narratives, Universidade de Santiago de Compostela,  Espanha, entre 2011 e 2012, tendo leccionado o Seminário Da Literatura Oral á Cibercultura (Ciberliteratura e Cultura Dixital).

Docente do Mestrado em Interactive Media and Knowledge Environments da Tallinn University, Estonia, no ano lectivo 2010-2011, leccionando o Seminário «Generative Content Creation», no âmbito do programa de intercâmbio Erasmus.

Docente na Pós-Graduação 'Lato Sensu' em Multimídia e Comunicação, no ano de 2010, no âmbito da Certificação internacional - Universidade de Caxias do Sul, Brasil; Université de Toulon et du Var, França; e Universidade Fernando Pessoa, Portugal, tendo leccionado o Seminário Técnicas de Expressão.

Responsável criativo pelo Taller de creación literária, realizado na Universidade de Granada, em 2007, no âmbito das actividades do Grupo CaCoCu Net.ART.

Técnico Assistente, Center for Teaching and Learning (agora Center for Faculty Excellence), University of North Carolina at Chapel Hill, Estados Unidos da América, no Spring semester de 2002. Assistência técnica a professores e alunos relativamente a software de edição de vídeo e imagem; Integração de informática e das novas tecnologias no ensino; Desenvolvimento de actividades pedagógicas interactivas.

Mestre Assistente, Department of Romance Languages, University of North Carolina at Chapel Hill, Estados Unidos da América. Coordenação dos Professores Assistentes de Português; Criação dos Programas de Curso para Português, Docente de Literaturas Lusófonas em tradução, entre 2000 e 2002 | Docente Assistente de Língua Portuguesa e Cultura Luso-brasileira entre 1997 e 2002.

Assistente de Bibliotecário, Davis Library, UNC-CH (E.U.A.). Sob a direcção de Bill Illgen, PhD, entre 1997 e 1999. Trabalho incluía pesquisa em bases de dados; Catalogação; Avaliação da colecção e selecção de materiais para aquisição.

Docente, Instituto Multimédia, Porto, Portugal, entre 1995 e 1996. Docente da disciplina de História e Teoria da Comunicação, Curso de Comunicação e Novas Tecnologias Multimédia.

(informação curricular completa em: www.telepoesis.net)

Projecto Cultural "In Memoriam António Aragão"

In Memoriam António Aragão

 
1. O que é?
Projecto Cultural sem fins lucrativos, que visa apoiar a Cultura na Madeira principalmente nas áreas em que António Aragão trabalhou, de modo a perpetuar a Memória e a Obra de António Aragão.

2. Como funciona?
Desenvolvendo actividades e apoiando Madeirenses talentosos a serem conhecidos nacional e internacionalmente, destacando-se as áreas da Poesia Experimental, Artes Plásticas Contemporâneas, Artes Plásticas Etnográficas, Conservação do Património Cultural Material e Imaterial da Madeira e História da Madeira.

3. Qual o processo de apoio?
Numa primeira fase serão promovidos concursos nas diferentes áreas em que António Aragão trabalhou, a que se poderão candidatar todos os residentes na Madeira com trabalhos inéditos; os prémios e menções honrosas serão atribuídos por um júri constituído por profissionais da área com reconhecido mérito, e consistirão num valor em dinheiro e na publicação, com  divulgação nacional e internacional, das obras premiadas. Numa segunda fase, e com o desenvolvimento das actividades da Associação, constituir-se-á também uma bolsa de estudo dirigida a Madeirenses, mediante concurso de selecção por júri constituído por profissionais da área com reconhecido mérito.

4. Como será financiado o Projecto Cultural "In Memoriam António Aragão"?
As actividades serão financiadas com dinheiro proveniente da venda do Espólio Artístico de António Aragão à Câmara Municipal do Funchal.

5. Quem liderará o Projecto?
A Família de António Aragão estará incumbida da organização do Projecto, mas o mesmo será concretizado na prática por profissionais de reconhecido mérito nas áreas de actuação da Associação, nomeadamente Professores Universitários, Artistas e Historiadores, da Madeira e do continente português.

6. Quando se iniciará a actividade da "In Memoriam António Aragão"?
Contando que a Autarquia do Funchal pagará o Espólio Artístico de António Aragão até final de Novembro do corrente ano, existirão todas as condições para o início das actividades da Associação já nos primeiros meses de 2017.

7. Existem já actividades planeadas?
A primeira grande actividade da "In Memoriam António Aragão" para 2017 será um concurso literário para obras inéditas de Poesia Experimental, da autoria de Madeirenses, assim estimulando-se e apoiando-se a criatividade, originalidade e talento dos Madeirenses, com vista à sua projecção para além da Madeira. Ao lado de um valor monetário, o prémio principal consistirá também na publicação e divulgação da obra premiada dentro e fora da Madeira.

8. Só existirão apoios a Madeirenses?
Sim, considerando-se Madeirense todo aquele que tenha oficialmente a sua residência no Arquipélago da Madeira, tenha ou não nascido no mesmo.


Câmara Municipal do Funchal irá finalmente pagar Espólio Artístico de António Aragão

A Família de António Aragão congratula-se com a decisão da Câmara Municipal do Funchal de pagar os valores em dívida pela aquisição do Espólio Artístico de António Aragão, Espólio na posse da autarquia desde o início de Outubro do ano passado. Lembremo-nos que há já cerca de 20 (vinte) meses, mais concretamente no dia 26 de Fevereiro de 2015, o Presidente da Câmara Municipal do Funchal anunciou publicamente que a autarquia do Funchal iria adquirir o respectivo Espólio, tendo assim procedido à sua reserva, impedindo na prática, deste modo e desde então, a venda a terceiros. Em 14 de Maio desse mesmo ano (2015), a Câmara Municipal do Funchal aprovou o valor final de compra (166 mil euros), dando conhecimento ao público da respectiva deliberação. No entanto, por razões completamente alheias à Família de António Aragão, o Espólio permaneceu por pagar até ao presente momento, acreditando-se que seja de facto agora que as responsabilidades da autarquia irão ser cumpridas, evitando-se assim qualquer litígio judicial nos tribunais portugueses e, principalmente, Europeus.
Em consequência, a Família de António Aragão decidiu divulgar hoje ao público em geral o Projecto Cultural "In Memoriam António Aragão".


 

26/02/2015
 Funchal vai adquirir parte do espólio de António Aragão

A Câmara Municipal do Funchal aprovou hoje, por unanimidade, a aquisição de parte do espólio do artista madeirense António Aragão, falecido em 2008, informou o presidente da autarquia, sem adiantar qual a verba disponível para o efeito. "António Aragão é reconhecido [na Madeira], a pessoa e a obra, e face ao conhecimento de que obras da sua autoria estão para ser vendidas, a Câmara Municipal do Funchal não podia ficar indiferente", salientou Paulo Cafôfo. A proposta de aquisição de parte do espólio do artista partiu do CDS-PP na autarquia. O espólio de António Aragão (pintor, escultor, escritor, historiador e investigador madeirense) foi posto à venda em leilão, depois de o Governo Regional ter recusado uma proposta para o adquirir. Estava avaliado em 500 mil euros, sendo que cerca de 30% foi vendido no leilão que se realizou no Funchal, no passado fim de semana, e que foi um dos mais concorridos dos últimos anos. "Não sabemos qual o número de peças que está disponível para aquisição, mas vamos desencadear o processo, tentando adquirir aquelas que tenham interesse museológico para o Funchal", disse Paulo Cafôfo, explicando que o próximo passo será realizar uma peritagem e avaliação do espólio. O autarca recusou, no entanto, informar qual verba que a câmara municipal dispõe para a investir na operação. "Não podemos falar de valores enquanto não tivermos conhecimento das peças que ainda estão disponíveis, da peritagem e da avaliação que forem feitas", declarou.



 14/05/2015
Câmara Municipal do Funchal compra espólio de investigador madeirense

A Câmara Municipal do Funchal aprovou hoje a aquisição, por 166 mil euros, de uma parte do espólio do artista e investigador madeirense António Aragão, anunciou o presidente da autarquia, Paulo Cafôfo. "Elencámos, através duma peritagem, uma série de obras e documentos para terem visibilidade através de um núcleo museológico, num espaço que ainda está a ser estudado", disse o autarca. A deliberação contou com os votos favoráveis da coligação Mudança (PS, BE, MPT, PAN e PTP), que lidera o município, e do CDS-PP. Já o PSD e a CDU abstiveram-se, alegando, segundo disse o presidente da Câmara, questões relacionadas com o facto de o valor do espólio poder ser posto em causa por a avaliação ter sido feita apenas por um perito. Entre as peças e documentos adquiridos pela Câmara do Funchal consta um quadro (pintura e colagem) da autoria do poeta Herberto Helder, falecido recentemente, avaliado em 15 mil euros. O espólio de António Aragão foi levado a leilão em fevereiro de 2015, após recusa do Governo Regional da Madeira em o adquirir. Posteriormente, a Câmara Municipal do Funchal decidiu comprar uma parte das peças que não foram arrematadas, tendo hoje deliberado investir 166 mil euros na operação. O espólio inicial era composto por mais de 700 peças de arte contemporânea e arte sacra, mobiliário antigo, loiças, livros, documentos e manuscritos vários, discos e muitos outros objetos antigos e de coleção. Estava avaliado em cerca de 500 mil euros e foi leiloado cerca de 30% do total. António Aragão nasceu a 21 de setembro de 1921, em São Vicente, no norte da ilha da Madeira, e morreu a 11 de agosto de 2008, no Funchal. Era um homem multifacetado, poeta, escultor, pintor, historiador e investigador e deixou obra marcante em todas as áreas de intervenção, muitas vezes com o sinal da excentricidade, da irreverência e da polémica. Foi diretor do Arquivo Regional da Madeira e do Museu da Quinta das Cruzes, no Funchal. Na reunião desta quinta-feira, a Câmara do Funchal decidiu, por outro lado, promover e apoiar a segunda edição do Music Art Out Sessions (MAOS), que decorrerá todos os domingos, a partir de junho, no jardins e miradouros do Funchal. Trata-se de uma iniciativa que visa estimular e divulgar a arte e a criatividade dos jovens artistas madeirenses, num ambiente de lazer e descontração.


23 setembro 2016

Diário de Notícias Madeira: "Conheça o novo projecto ‘made’ in Porto Santo, precisamente chamado Loja do Profeta"



ZONA FRANCA | GENTE QUE FAZ: Digam lá se não são o máximo

Conheça o novo projecto ‘made’ in Porto Santo, precisamente chamado Loja do Profeta

Quando falamos com a Vera e com o Francisco é visível um enorme orgulho no seu novo projecto – a Loja do Profeta. “Profeta, porque é o que nos chamam, e temos que valorizar. Não há que ter vergonha”, assume o casal de criativos quando indagamos sobre o nome tão característico.

“Sentimos a falta, no Porto Santo, de algo original”, conta, à MAIS, a designer Vera Menezes, ao apresentar toda uma linha de produtos destinados ao mercado turístico... mas não só. “Todos queremos levar das nossas férias uma recordação do sítio onde estivemos, algo especial e diferente”, explica perante os postais, as lapas, os sacos, os ímanes e muito mais.

Pintados à mão ou impressos em diversos suportes, as paisagens marinhas, os moinhos, os tabaibos, a fábrica da água, o dragoeiro, o maçaroco atraem o olhar, pelo seu traço simples, quase infantil, pelas cores alegres, pelos tons quentes representativos da Ilha Dourada. “Decidimos criar, esta imagem inicial, estes símbolos nossos, que nos identificam.”

Uma nova imagem gráfica, facilmente identificável com um povo simples, acolhedor, resiliente. Símbolos do Porto Santo. “As pessoas dizem que o Porto Santo não tem nada, mas não é verdade. O Porto Santo tem. Temos é que saber procurar e ver onde estão as coisas”, conta com uma certa ironia, “ eu cheguei a um ponto que tinha tantos símbolos que já não sabia como organizar este postal. E ainda não metemos o caracol….”, acrescenta.

As múltiplas referências vão além da tradicional praia. Vera e Francisco decidiram apostar na cultura e tradição de um povo ligado à terra, patente na nova imagem gráfica, nas ilustrações, “tudo o que nos identifica enquanto povo. As pessoas pensam que somos pescadores, mas não. Apesar de ser uma ilha, éramos sobretudo agricultores”, conta.

O projeto, assumem, ainda está na fase de experiência, a ver o que funciona ou não. Mas os dois criativos não escondem a ambição e novas ideias, como a criação de um ponto de venda móvel, apoiado numa bicicleta ou uma loja própria dedicada em exclusivo aos seus produtos. Para já, confessam, não há mãos a medir, sobretudo na produção de elementos pintados à mão, como as tabuinhas, as lapas, ou as pedras.

Tudo para “oferecer o que temos de melhor ao turista e não só.” Tudo elementos que apelam para as memórias dos visitantes, “os madeirenses ficam encantados com os nossos produtos. Pelas recordações que eles trazem da sua adolescência: as voltas de burro que realizavam há mais de 20 anos, a água que bebiam… “.

Memórias agora disponíveis em diversos hotéis e referências turísticas da ilha, além da rede social facebook (www.facebook.com/lojadoprofeta) que já os levou além fronteiras.

Na Loja do Profeta, Vera e Francisco esforçam-se por recuperar uma história que também é a deles. “Temos história. Uma história muito rica, mas talvez um pouco desvalorizada”, concluem, mas “o sonho comanda a vida…”.

Um novo “Pau de Sabão” Na Loja do Profeta, por entre os símbolos tradicionais porto-santenses, sobressai uma obra de António Aragão. O monumento - o Padrão das Descobertas - alusivo ao V centenário da morte do Infante D. Henrique, mais conhecido localmente como “Pau de Sabão” ganhou uma nova visibilidade.

Os motivos que cobrem as quatro laterais na escultura em cantaria rija, integrada no projecto do arquitecto Chorão Ramalho, junto ao Cais, foram alvo de um trabalho criativo, paciente, demorado. “Trabalhámos aquilo durante dois ou três meses. Fotografámos, desenhámos.”

O respeito pela propriedade artística está patente na referência ao artista plástico madeirense. A valorização da obra sensibilizou os familiares do artista e os turistas, impressionados com a história que o monumento representa. “As pessoas ficam encantadas, quando vêm a t-shirt do “Pau de Sabão” - um marco na primeira ilha a ser descoberta”, explicou Francisco.


Consciência ecológica A preocupação com o ambiente é também uma das marcas da Loja do Profeta. Desde a decoração com paletes recicladas, aos vários suportes dos produtos à venda. “Damos uma volta na praia, encontramos as madeiras, fazemos a reciclagem”, conta Francisco, inspirado também pelas memórias pessoais de viagens. Mas não ficam por aqui.

“Porto Santo Ecológico” é o nome da brochura preparada por uma residente estrangeira e que a Loja do Profeta ajuda a divulgar. O pequeno livro contém exemplos, bons e maus, de preservação ambiental. E apresenta sugestões sobre o que se pode fazer em prol da ecologia, no Porto Santo. Após a apresentação às autoridades da Ilha Dourada, o “livro de boas práticas” segue agora no saco de compras dos turistas.

in Diário de Notícias Madeira, 14 de Agosto de 2016
http://www.dnoticias.pt/impressa/revista/605433/605440-zona-franca-gente-que-faz-digam-la-se-nao-sao-o-maximo

12 agosto 2016

António Aragão: A urgente necessidade de proteger o Património da Madeira

 

«E se a cidade do Funchal é vítima impotente duma espécie de destruição sistemática, que devemos dizer também do que se passa em toda a Madeira? Realmente, se o património urbano do Funchal posterior à época manuelina, já profundamente delapidado, caminha para uma breve extinção, outro tanto devemos apregoar quanto às construções tradicionais da Madeira e Porto Santo, as quais constituem as peças mais valiosas do património rural insular e que nos nossos dias rapidamente estão morrendo por toda a parte.»

António Aragão

(in Para a História do Funchal, 2ª edição revista e aumentada, by António Aragão).

António Aragão e a Defesa do Património Insular, by Jorge Valdemar Guerra, in Margem, Câmara Municipal do Funchal, Maio de 2011

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INCÚRIA

 

Incúria

O Funchal foi uma cidade que cresceu desordenadamente nas suas periferias altas

 Arquitecto Rui Campos Matos, Presidente da Ordem dos Arquitectos - Madeira


No momento em que escrevo estas palaras, está ainda por fazer o balanço dos estragos causados pelo fogo que vai lavrando nas zonas altas do Funchal e, todavia, é já possível lamentar a incúria que o alimenta. Os incêndios não são um problema novo na história da capital do arquipélago. Em 1470,  o Infante D. Fernando, governador das ilhas atlânticas, determinou que as casas da florescente Rua dos Mercadores, se «cobrissem de telha», já que na sua grande maioria, eram construídas em madeira e cobertas de palha. Aparentemente, de pouco terá servido esta determinação, porque no Verão de 1593, numa noite em que o vento leste soprou quente e seco como uma labareda, um violento incêndio devastou a baixa, tendo queimado, em apenas 4 horas, como refere António Aragão na sua história do Funchal, cerca de 154 casas, «as melhores e mais principais de toda a cidade». A devastação foi tal que o episódio sobrevive na toponímia local dando nome às ruas da Queimada de Baixo e da Queimada de Cima.
Ao longo do século XVII, as casas em madeira e colmo foram sendo progressivamente substituídas por construções de pedra e cal com cobertura em telha, tornando mais difícil a propagação das chamas. Ardia pontualmente, aqui ou ali, uma casa sobrada, mas a ossatura de alvenaria ficava de pé e o corpo da cidade sobrevivia. Os incêndios continuaram, porém,  a devastar a periferia, despojada da sua vegetação endémica e mais resistente ao fogo. O padre Augusto da Silva dá-nos conta do monstruoso incêndio que no verão de 1919, varreu o perímetro do Funchal: «no Monte e em São Roque, tomou proporções verdadeiramente assustadoras, abrangendo uma área de alguns quilómetros e ameaçando destruir um grande número de habitações». As semelhanças com o que se passou nestes últimos dias é gritante. Será que nada pode ser feito fazer para prevenir este tipo de tragédias? Pode.
Trata-se, em primeiro lugar, como, aliás, já referiu o Presidente da República, de um problema de ordenamento do território e planeamento urbano. O Funchal foi uma cidade que cresceu desordenadamente nas suas periferias altas: acessos difíceis, arruamentos estreitos, construções em contacto com florestação desadequada. Teria sido necessária uma persistente política de requalificação urbana destas áreas. Infelizmente, pouco ou nada foi feito nas últimas décadas. Em segundo lugar, ficou claro que é através dos edifícios devolutos (alguns propriedade do Governo Regional...), com os logradouros abandonados e os telhados semi-arruinados, que o fogo penetra na antiga cidade de intramuros, como agora aconteceu na freguesia de São Pedro. Infelizmente,  nunca existiu, no Funchal, uma verdadeira política de reabilitação urbana.
Por último: quando a situação é de emergência é bom que exista um comando centralizado que fale a uma só voz através dos meios de comunicação social, mantendo a população informada e dando instruções precisas, a intervalos regulares,  sobre os procedimentos a tomar. O que ouvimos, porém, foi uma desconexa cacofonia a que não é alheia a fome de protagonismo político.  Exceptuando as condições atmosféricas, nada disto é inevitável. Damos-lhe o nome de incúria. 


in Diário de Notícias Madeira, 12 de Agosto de 2016.

04 agosto 2016

Vida e Obra de António Aragão (resumo biográfico)



António Aragão
Pintor, Escultor, Historiador, Investigador, Escritor e Poeta, António Aragão foi um dos maiores vultos da Cultura portuguesa, do século passado até aos dias da sua morte física acontecida em 2008, e também na opinião de vários especialistas, a maior personalidade de sempre da Cultura Madeirense.

António Manuel de Sousa Aragão Mendes Correia nasceu em Portugal, na ilha da Madeira, em São Vicente, a 22 de Setembro de 1921. Faleceu no Funchal a 11 de Agosto de 2008. Cedo quebrou as barreiras do isolamento geográfico para alcandorar-se aos palcos académicos e depois ganhar, com elevado mérito, estética, arte e técnica, um lugar de vanguarda na Cultura portuguesa.

Licenciado em Ciências Históricas e Filosóficas pela Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa e em Biblioteconomia e Arquivismo pela Universidade de Coimbra. Estudou Etnografia e Museologia em Paris, sob a orientação do Director do Conselho Internacional de Museus da UNESCO. Cursou no Instituto Central de Restauro de Roma, onde se especializou em restauro de obras de Arte e estagiou no laboratório de restauro do Vaticano. Foi bolseiro da Fundação Calouste Gulbenkian em Paris e Roma.

Homem de criatividade rica, irrequieto, polémico, inconformado, por vezes excêntrico até, deixou a sua marca pessoal indelével por onde passou. Era difícil não dar por ele quando metia mãos à obra, quer fosse na investigação da história e da etnografia, quer quando esculpia, pintava ou escrevia. A proporção do acervo que legou a Portugal, e em particular à Madeira, é muito mais rico, em quantidade e qualidade, do que o reconhecimento e merecimento que devia ter recebido da região e do país. Desse ponto de vista, ainda está por fazer-se a verdadeira homenagem a António Aragão, apesar de, ainda em vida e num gesto essencial, ter recebido da Câmara Municipal do Funchal uma rua da cidade com o seu nome.

Foi Director do Arquivo Regional da Madeira, e também Director do Museu da Quinta das Cruzes (Funchal). Era irmão de Ruth Aragão de Carvalho, falecida esposa do actor Ruy de Carvalho. É pai de Marcos Aragão Correia, conhecido Advogado, Activista e Autor.

Como investigador da História da Madeira, publicou: Os Pelourinhos da Madeira, Funchal, 1959; O Museu da Quinta das Cruzes, Funchal, 1970; Para a História do Funchal - Pequenos passos da sua memória, Funchal, 1979; A Madeira vista por estrangeiros, 1455-1700, Funchal, 1981; As armas da cidade do Funchal no curso da sua História, Funchal, 1984; Para a História do Funchal - 2ª Edição revista e aumentada, Funchal, 1987; O espírito do lugar - A cidade do Funchal, Lisboa, 1992.

Dos estudos realizados destaca-se as escavações no lugar do Aeroporto, onde se erguia antes o Convento quinhentista de Nossa Senhora da Piedade, Santa Cruz, 1961.

Das escavações feitas resultou o levantamento da planta geral deste Convento Franciscano e o estudo das suas características tipológicas, além da exumação de variado espólio, do qual se destaca grande diversidade de padrões de azulejaria hispano-mourisca ou mudéjar, proveniente do Sul de Espanha, e também múltiplos exemplares de azulejaria portuguesa seiscentista e de setecentos, assim como elementos primitivos em cantaria lavrada – portais do convento, janelas, arco triunfal da igreja, condutas de águas, lajes tumulares, pavimentos, hoje depositado nos jardins da Quinta Revoredo, Casa da Cultura de Santa Cruz.

Todos os trabalhos foram devidamente documentados com plantas rigorosas, desenhos e fotografias. Este trabalho encomendado pela Junta Geral do Distrito do Funchal foi entregue nesta Instituição e, por sua vez, na época, depositado, em parte, no Museu Quinta das Cruzes.

Na área da Etnografia efectuou amplas recolhas ao nível da música tradicional da Madeira e do Porto Santo, em 1973, em colaboração com o professor e músico Artur Andrade, com divulgação em 2 discos LP em 1984.

Na área da literatura participou em acções colectivas, antologias, e outras manifestações significativas: Poesia Experimental, 1964 e 1966 (cadernos de que é fundador); Visopoemas, 1965; Ortofonias (com E.M. Melo e Castro), 1965; Operação I, 1967; Hidra I, 1968; Hidra 2, 1969; Antologia da Novíssima Poesia Portuguesa, 1971; Antologia da Poesia Concreta em Portugal, 1973; Antologia da Poesia Visual Europeia, 1976; Antologia da Poesia Portuguesa, 1940-1977, 1979; Antologia da Poesia Surrealista em Portugal; OVO/POVO, 1978 Lisboa e 1980 Coimbra; PO.EX. 80, Galeria Nacional de Arte Moderna, Lisboa, 1980 e 1981; Filigrama. (Revista de expansão internacional), co-fundador, 1981, Funchal; Líricas portuguesas. Antologia, 1983; Poemografias, 1985; I Festival Internacional Poesia Viva, 1987, Figueira da Foz; Poesia: outras escritas, Novos suportes, 1988, Setúbal; Electroarte, Vala Comum. Lisboa. 1994.

A nível internacional realça-se a sua participação em Sevilha, 1980; em 1982, Itália e Brasil; 1983, Cuenca; 1984, Comuna de Milão, Itália; 1984, São Francisco, U.S.A. e Espanha (Barcelona); 1985, Israel e New York; 1986, México e Sevilha; 1987, México e França; 1989, Itália e Paris; 1990, Siegen, Alemanha, México e Washington.; e 1992, Madrid.

Colaborou em diversas manifestações de Mail-Art and Exchange, divulgando os seus trabalhos em revistas da especialidade.

Escreveu no Comércio do Funchal; Línea Sud, Nápoles; Letras e Artes, Lisboa; Express; Colóquio-Artes / Fundação Calouste Gulbenkian; Diário de Notícias, Lisboa; Comércio do Porto; Espaço Arte, I.S.A.P.M.; Diário de Notícias, Madeira.

Na ficção destaque para: Romance de Izmorfismo, 1964; Um buraco na boca, 1971; Os 3 Farros (com Alberto Pimenta), 1984; Textos do Apocalipse, 1992.

Na área da poesia referência para: Poema primeiro, 1962; Folhema I e Folhema 2, 1966; Mais excta mente p(r)o(bl)emas, 1968; Poema azul e branco, 1971; Os Bancos, 1975; Poesia espacial POVO/OVO (áudio-visual), 1977; Metanemas, 1981; Pátria, Couves, deus, etc, com Tesão, Política, Detergentes, etc, 1993; Joyciaba. In Joycina, 1982.

Para teatro escreveu o Desastre NU, em 1980, que foi Prémio Nacional.

Como artista plástico destacou-se tanto na pintura como na escultura. Na área da escultura realce para a Santa Ana, em cantaria rija, na Câmara Municipal de Santana, 1959; o Padrão das Descobertas - Monumento alusivo ao V centenário da morte do Infante D. Henrique, escultura em cantaria rija, integrada no projecto do arquitecto Chorão Ramalho, Porto Santo, 1960; Baixos–relevos, 2 grandes painéis em cerâmica policroma, alusivos à faina marítima e à actividade agrícola, Mercado Municipal de Santa Cruz, 1962.

Na área da pintura tornou-se conhecido desde a década de 40, pelas diversas temáticas abordadas e exploração de técnicas diferenciadas. Realizou várias exposições em Portugal (Galeria Divulgação, Quadrante, Galeria III, Galeria Diferença, Fundação Calouste Gubenkian – II Exposição de Pintura Portuguesa) e no estrangeiro – Espanha (Madrid, Sevilha, Barcelona); México; França (Paris); Itália (Roma e Turim); encontrando-se representado em muitas colecções particulares e oficiais em numerosos Países, inclusivamente na Fundação Serralves em Portugal.

António Aragão concretizou um projecto artístico contemporâneo baseado em novas tecnologias, numa casa que lhe pertenceu, situada na Lapa, em Lisboa. O projecto enquadrava uma "associação de educação popular" com uma galeria de arte vanguardista, ao qual foi atribuído o MECENATO pela Secretaria de Estado da Cultura.

Antes da doença prolongada de que padeceu até à sua morte, António Aragão, de volta ao Funchal, pintou os seus últimos quadros, que constituíram uma série à qual intitulou "Os monstros", uma verdadeira crítica corrosiva à hipocrisia dominante na sociedade.

As últimas exposições individuais de António Aragão foram realizadas na Madeira.

Comissariadas por António Rodrigues, a antepenúltima, em Abril de 1996, na Casa da Cultura de Santa Cruz, integrou 16 dos seus últimos quadros, e ainda uma selecção retrospectiva de 13 trabalhos, em diferentes técnicas, realizados nas décadas de 50 e 60 do século XX. A penúltima, Exposição Retrospectiva, teve lugar na “Casa da Luz”, no Funchal.

A última exposição de António Aragão antes da sua morte, ocorreu no Museu de Arte Contemporânea da Madeira (Forte de São Tiago, Funchal).

Depois do seu falecimento, António Aragão foi lembrado em diversas exposições colectivas que tiveram lugar em diversos Países, e numa grande exposição individual na sua terra natal (Madeira), organizada pela Galeria dos Prazeres em 2010, que preencheu ambas as salas desta Galeria de Arte em Fevereiro e Março desse ano.

A família de António Aragão doou ao Arquivo Regional da Madeira grande parte do seu Espólio Histórico.

Em Fevereiro de 2015, a Câmara Municipal do Funchal anunciou publicamente que iria criar um Museu sobre António Aragão, com numerosas Obras adquiridas do seu preciosíssimo Espólio Artístico.

No dia 1 de Julho de 2015, o Governo Regional da Madeira atribuiu a António Aragão, a título póstumo, a Insígnia Autonómica de Distinção - Cordão.

«António Aragão é uma das grandes figuras da Cultura portuguesa do século XX. É dele, por exemplo, o motivo da fachada da Escola Francisco Franco, tendo deixado ainda magníficas cerâmicas - isto para além de ter sido um grande Historiador, sendo de salientar o seu grande trabalho como Director do Arquivo Regional da Madeira na década de setenta.»

Rui Carita, Professor Catedrático de História e Coronel do Exército Português.

31 julho 2016

28 junho 2016

Documentários sobre António Aragão (RTP - Rádio e Televisão de Portugal / Galeria dos Prazeres)


Livraria Esperança divulga António Aragão

 
Livraria Esperança inicia campanha por António Aragão

Na sequência de inúmeros pedidos, a Família de António Aragão acordou com a Livraria Esperança um período de desconto de 50% sobre todos os livros da autoria de António Aragão, a ocorrer durante todo o mês de Julho de 2016, aproveitando-se o simbolismo do dia da Região Autónoma da Madeira como início da campanha.
A Livraria Esperança é a única livraria Portuguesa que ainda possui em stock títulos raríssimos de António Aragão, recebendo numerosas encomendas nacionais e internacionais de vários destes títulos.
António Aragão foi um dos maiores vultos da Cultura Portuguesa do século XX, e também segundo a opinião de vários especialistas, a maior personalidade de sempre da Cultura Madeirense.
Foi Poeta (pioneiro na Poesia Experimental Portuguesa), Romancista, Dramaturgo, Escultor, Pintor, Etnógrafo, tendo também desempenhado um papel fundamental como Historiador, principalmente no campo da História da Madeira, obtendo amplo reconhecimento internacional nas diversas áreas em que trabalhou.
O resumo biográfico de António Aragão, em Português, pode ser consultado em:
www.aragao.info/2010/04/vida-e-obra-de-antonio-aragao.html

Em Inglês em:
www.aragao.info/2014/12/antonio-aragao-english-biography.html

Para saber quais os títulos de António Aragão ainda disponíveis e efectuar encomendas por favor contactar a Livraria Esperança:

Fundação Livraria Esperança
Rua dos Ferreiros, 119
9000-082 Funchal – Portugal

Telefone: (+351) 291 221 116
Fax: (+351) 291 221 348

Email: geral@livraria-esperanca.pt

Website: livraria-esperanca.pt

Esta campanha termina no dia 31 de Julho de 2016 e está limitada ao stock existente.

05 maio 2016

Poesia Experimental Portuguesa: Contextos, Ensaios, Entrevistas, Metodologias.

Poesia Experimental Portuguesa: Contextos, Ensaios, Entrevistas, Metodologias.

Organização: Prof. Dr. Rui Torres

Este livro contém alguns dos resultados do projecto "PO.EX 70-80 - Arquivo Digital da Literatura Experimental Portuguesa", financiado pela Fundação para a Ciência e a Tecnologia com fundos da União Europeia, o qual teve como Investigador Responsável o Prof. Dr. Rui Torres, e como Instituição Proponente a Fundação Ensino e Cultura Fernando Pessoa (FECFP). O Arquivo Digital da Literatura Experimental Portuguesa está disponível em http://www.po-ex.net.

30 abril 2016

ESTADO, POLÍCIA, TRIBUNAIS: CULTURA CRIMINOLÓGICA EM PORTUGAL.


ESTADO, POLÍCIA, TRIBUNAIS: CULTURA CRIMINOLÓGICA EM PORTUGAL.

Prof. Dr. José Martins Barra da Costa

Licenciado em Antropologia Social, posgraduado em Ciências Criminais e em Estudos Psicocriminais, mestre em Relações Interculturais e doutor em Psicologia. Antigo Inspector-chefe da Polícia Judiciária, actualmente é professor universitário e profiler criminal. Em períodos em que não vinga a censura é analista criminal em órgãos de comunicação social.
Nota: este artigo foi escrito em exclusivo para o website oficial sobre António Aragão, muito se agradecendo ao autor esta honra com que nos premiou.

26 abril 2016

Estudo de Prospecção e Defesa da Paisagem Urbana do Funchal, de António Aragão

 
O Valor do que Herdamos
Existe entre nós um considerável desconhecimento do significado dos edifícios históricos

Arquitecto Rui Campos Matos, Presidente da Ordem dos Arquitectos - Madeira

A preservação do património imóvel de uma cidade, dos edifícios, praças, ruas e bairros cujo carácter fazem dela obra única e digna de ser visitada, mais do que uma questão consensual, é hoje, também, uma questão de sobrevivência.  O Documento Estratégico para o Turismo na RAM (2015-2020), publicado pela ACIF/ KPMG, considerou a «qualidade ambiental e paisagística das zonas urbanas e rurais» como um dos «factores críticos de sucesso» da actividade turística, recomendando explicitamente a preservação e valorização do nosso património cultural e histórico. Temos, portanto, de admitir que, na Madeira, quando um edifício histórico é abandonado à sua sorte, demolido ou desfigurado por uma obra canhestra, há sempre, na raiz do infausto acontecimento, um problema de ignorância.

A avaliar pela quantidade de edifícios históricos desfigurados ou em ruínas na Região é de crer que existe entre nós um considerável desconhecimento do seu significado.  É esse desconhecimento que a Delegação da Madeira da Ordem dos Arquitectos tem procurado combater, promovendo debates, conferências e exposições onde se pretende divulgar o nosso património imóvel. Infelizmente, nem sempre os meios que temos ao nosso alcance nos permitem fazer o que ambicionávamos e nem sempre aqueles que mais beneficiariam destas acções tem comparecido. Assim sendo, e para evitar que esta preciosa herança se continue a degradar, a Delegação, ao abrigo do artigo 4.º do Decreto-Lei n.º 309/2009, irá dar início a um processo de classificação de vários edifícios do Funchal.

Alguns deles foram levantados em 1966 pelo Dr. António Aragão no seu Estudo de Prospecção e Defesa da Paisagem Urbana do Funchal  - como  é o caso, por exemplo, da belíssima construção do séc XVIII, hoje em ruínas, que podemos ver na imagem;  exemplares, mais recentes, como o Mercado dos Lavradores e o Liceu Jaime Moniz, peças maiores da arquitectura do primeiro modernismo português, ou  a Capela-Ossário do Cemitério de Nossa Senhora das Angústias, projectada em 1951 por Chorão Ramalho, serão também objecto do nosso interesse; finalmente, alguns conjuntos urbanos, essenciais para a preservação do carácter da cidade do Funchal, como sejam a R. dos Ilhéus ou os antigos caminhos dos Saltos, do Monte e da Torrinha, merecerão também a nossa atenção.

Uma vez aberto o procedimento de classificação, estes edifícios ficarão abrangidos por um regime de suspensão de licenças para a realização de obras, isto é, dependentes da prévia autorização da DRC para as executar.  Mão amiga e culturalmente avisada poderá, então, guiar promotores públicos e privados na realização dessas mesmas obras, que tão necessárias são à sua preservação. Esta iniciativa contará, estou certo disso, com o apoio de todos os partidos e instituições que gerem o nosso património. É tempo de nos começarmos a preocupar (e a orgulhar!) com a herança que os nossos antepassados nos legaram porque dela depende a nossa identidade e bem estar. Dela depende o futuro da Madeira como destino turístico  e o nosso destino como comunidade civilizada.

in Diário de Notícias Madeira, 06 Abril 2016
http://www.dnoticias.pt/impressa/diario/opiniao/579210-o-valor-do-que-herdamos

Poesia Experimental Portuguesa: "Ó!", in Porta-Voz, de Américo Rodrigues

Portugal: uma pátria que é, cada vez mais, um lamaçal!




Carta de António Aragão a Alberto Pimenta, de 13 de Junho de 1982, in "Os 3 farros - descida aos infermos", Editora Danubio, Lisboa, 1984


30 março 2016

Em Legítima Defesa: António Aragão

 http://www.bprmadeira.org/site/index.php/noticias/4411-em-legitima-defesa-encontros-com-poesia-musica-e-outras-artes-na-madeirauma-cierl

No âmbito do Programa de Formação Contínua da Universidade da Madeira / CIERL, Projecto Tratuário - Percursos para a História da Cultura Madeirense, e contando com o apoio do Governo Regional da Madeira, terá lugar no Auditório do Arquivo Regional da Madeira, a partir das 12 horas do dia 2 de Abril de 2016, conferência e debate sobre a Poesia de António Aragão. António Aragão é uma das mais importantes personalidades de sempre da Cultura Madeirense.

03 outubro 2015

"António Aragão: Pintura e escultura", por Prof. Dr. Rui Carita

António Aragão:
Pintura e escultura
Por Prof. Dr. Rui Carita
Coronel do Exército Português e Professor Catedrático da Universidade da Madeira






 
Rui Alexandre Carita Silvestre

É Coronel de Artilharia na situação de reforma.
Nasceu a 23-07-1946 e ingressou na Academia Militar no ano de 1964.
Prestou serviço na EPA, em Vendas Novas, Angola, Moçambique e, a partir de 1973, na ZMMadeira, tendo desempenhado funções várias no GAG 2 e no Quartel-General.
Doutorou-se, em 1993, na Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa onde defendeu a tese Arquitetura Militar na Madeira, Séc XVI a XIX editada em Lisboa, EME, 1998, sendo Professor Catedrático da Universidade da Madeira, onde foi Vice-Reitor, lecionando nas áreas da História, História da Arte e do Património.
Tem dedicado parte da sua atividade ao estudo do património português construído, principalmente militar e religioso (arquitetura militar, fortificação e Companhia de Jesus), no Mundo Português, tendo publicado cerca de duas dezenas de livros e centena e meia de trabalhos na Fundação Calouste Gulbenkian, Universidade de Coimbra, Governo Regional da Madeira e Comissão Nacional dos Descobrimentos, entre outras instituições. Tem feito parte de júris de mestrado e de doutoramento em várias instituições universitárias, como do Instituto Superior Técnico e as Universidades de Coimbra, Évora e Madeira, nas áreas da História e do Património Edificado.
É assessor da Universidade estatal de Santa Catarina no Brasil para o projeto de reabilitação das fortalezas da barra e de resgate submarino e da Câmara Municipal do Funchal, para a Carta de Património.

01 outubro 2015

Poema de António Aragão: "Congresso. IVA. Satélite. Etc."


CONGRESSO. IVA. SATÉLITE. ETC.


    afinal é difícil dizer. é difícil em conta corrente e com o tesão que trago. por isso mesmo guardo o timing doutra ocasião pendurado no guarda-fato. então
    o governo que diga. o governo que faça. para já não é possível este preço blindado do infinito. é sempre difícil sem crédito. entretanto
    (diga-se) há sumos de fruta e o universo enlatado sem conservantes pode ser de boa marca.


    mas parece falso. o governo que diga. o governo que faça. de facto sufoca. depois apareceu o défice estratégico e a privatização bonificada com pissas e o caso imenso das hortaliças. meu Deus será que já nada interessa? realmente recordo a foda virtuosa da vaca e a pátria sentada em feed-back, ou será mesmo o que não interessa? porra! estou farto! (acredita querida acredita) cheguei ao top. mas
    talvez outro congresso talvez faça falta. ou então o governo que diga. o governo que faça. e suas excelências que resolvam outro hino para entesar a malta com mais outra pátria.
    e porque não outra guerra com infra-estruturas e outro buraco do ozono e napalm e outro sol apodrecendo na televisão para ser mais estratégico? então
    permaneço mais sindical e democrático no terror deste fim de tarde: com pássaros já gastos e o teu corpo decorado com assombros de peixes.


    sem dúvida que é difícil. embora talvez mais autárquico.
mas
    para já (acredita querida acredita) custa sempre olhar a dificuldade do teu olhar de nata. 

01 julho 2015

António Aragão recebeu a título póstumo Insígnia Autonómica de Distinção - Cordão


O Governo Regional da Madeira, representado pelo seu Presidente Dr. Miguel Albuquerque, atribuiu hoje, a título póstumo, a Insígnia Autonómica de Distinção - Cordão a António Aragão, no âmbito das comemorações do Dia da Madeira (1 de Julho).
A Distinção foi recebida pela Dra. Teresa Brazão, em representação do Dr. Marcos Aragão Correia.
 

11 junho 2015

António Aragão homenageado pela Região Autónoma da Madeira com a Insígnia Autonómica de Distinção – Cordão


O actual Governo Regional da Madeira, presidido pelo Dr. Miguel Albuquerque, decidiu homenagear, a título póstumo, António Aragão, atribuindo-lhe a Insígnia Autonómica de Distinção – Cordão, em cerimónia a ocorrer no dia 1 de Julho de 2015.
A Família de António Aragão (Marcos Aragão Correia (Filho), Anabel Aragão Correia (Nora) e Maria Aragão Correia (Neta)) agradece a justíssima homenagem ao seu Pai / Sogro / Avô.
António Aragão nunca procurou reconhecimento de nenhum tipo, pois trabalhava pelo prazer de trabalhar; mas todo o reconhecimento constitui a valorização desse mesmo trabalho por quem ele era tão dedicado e apaixonado.
E assim sendo, um muito obrigado em nome de António Aragão.

A Família de António Aragão.

05 junho 2015

Edições Guilhotina lança Colecção António Aragão


A editora Edições Guilhotina prepara-se para lançar várias obras de António Aragão, éditas e inéditas, uma das quais a premiada peça de Teatro "Desastre Nú", amplamente solicitada mas esgotada desde longa data no mercado livreiro. Estes lançamentos serão apenas os primeiros de uma vasta série, com a chancela da mesma Editora, da autoria de António Aragão, onde serão incluídos também diversos ensaios sobre o Autor (colecção António Aragão).
A coordenação da colecção António Aragão da Edições Guilhotina está a cargo da Dra. Diana Pimentel, Professora da Universidade da Madeira, a qual beneficiou da doação de quase todo o espólio literário de António Aragão, no seguimento de contrato assinado com a Família do Autor.

04 junho 2015

"Animal Farm", de George Orwell


«Nada tenho contra os comunistas ou outra gente que entendo ser recuperável, porque acredito no tratamento, logo na recuperação.»,
Prof. Dr. José Martins Barra da Costa, Chefe da Polícia Judiciária (na reforma), Criminologista e Professor na PJ, GNR, PSP e diversas Universidades Portuguesas.

Documentário "A História sangrenta do comunismo"

23 maio 2015

Breve nota sobre a visão política de António Aragão

Breve nota sobre a visão política de António Aragão

Nestes tempos conturbados, cabe fazer uma nota relativamente à posição política de António Aragão. António Aragão, como Homem defensor da Liberdade, era completamente contrário a todos os regimes autoritários. Numa das raras entrevistas que acedeu conceder à televisão, António Aragão iguala o fascismo português salazarista ao comunismo soviético, qualificando claramente ambos como Estados ditatoriais (documentário sobre António Aragão produzido pela RTP em 1994, minuto 16.30, http://www.youtube.com/watch?v=c6LWST35Df4). De facto, para António Aragão nazismo e comunismo eram a mesma coisa com nomes diferentes, o nacional-socialismo e o internacional-socialismo. Embora no seu círculo de amigos existissem pessoas que perfilhavam a ideologia comunista, António Aragão sempre combateu, directa e indirectamente, na sua Obra e em todas as suas intervenções, todas as fórmulas políticas em que o Estado revestisse uma presença forte na sociedade. E tanto no nazismo como no comunismo, o Estado é omnipresente. Encontrando-se Portugal, desde há vários anos, em crise económica, cabe divulgar a presente nota, de modo a combater os oportunismos políticos que se tentam aproveitar do nome de António Aragão para fins obscuros. Na verdade, António Aragão nunca apoiou nem apoiaria nunca, partidos comunistas, nazistas ou de outras ideologias semelhantes. Os partidos comunistas, embora não tendo representatividade nas sociedades desenvolvidas - como é o caso da União Europeia, ambicionam chegar ao poder, ou pelo voto (meio impossível dada a discordância da maioria da população) ou por um golpe de Estado, para instalarem uma hedionda ditadura criminosa e sanguinária, em que os Direitos Humanos são destruídos na sua totalidade, e em que o poder do Estado assume dimensões absolutamente perversas, condenando todo o povo à miséria, à excepção de um pequeno grupo constituído pelos próprios líderes malévolos do Estado, ou seja, do partido único, os quais vivem no maior luxo e ostentação às custas da ditadura que implantaram. O ataque à liberdade é tão destrutivo, que nem a liberdade de pensar é permitida; inclusivamente a liberdade religiosa, tal como acontece nos Estados islâmicos radicais, é aniquilada por completo. A António Aragão repugnava e enojava por completo tais ideologias. Por ser um Libertário Individualista, António Aragão defendia uma sociedade em que a soberania do Estado existisse com o único objectivo de defender a soberania dos Indivíduos. E não o contrário. Estados ditatoriais ou mais interventivos não reconhecem o Indivíduo como essencial, mas sim diluem-no no todo, sendo o Indivíduo apenas um meio de servir a vontade dos líderes do Estado. Este nefasto modelo de Estado é vigorosamente combatido por António Aragão em toda a sua Obra. Vale a pena lembrar as lições da História, também tão bem resumidas neste documentário de grande qualidade que se recomenda: The Soviet Story (A História Soviética, com legendas disponíveis em Português). Porquanto é a Liberdade de todos nós que está em causa.

Marcos Aragão Correia (único Filho de António Aragão).

 

14 maio 2015

Documentário sobre António Aragão, produzido pela RTP em 1994

 
Documentário produzido em 1994 pela RTP sobre António Aragão, da autoria da jornalista Maria Luísa.
A Família de António Aragão agradece a gentil autorização concedida pela RTP - Rádio e Televisão de Portugal para a divulgação pública deste importante documentário.
 

Câmara Municipal do Funchal vai criar museu com obras de António Aragão

CMF investe 166 mil euros para comprar

mais de 100 obras de Aragão

CMF também quer criar futuramente um espaço de exposição sobre António Aragão


Oito quadros, uma escultura, pinturas a óleo, um lote com diversos documentos de pesquisa, cartas, dedicatórias, textos, poemas e correspondência trocada com diversos autores e até um quadro com técnica mista da autoria de Herberto Helder, poeta madeirense recentemente falecido, são algumas das mais de 100 obras e objectos seleccionados (veja a lista completa no quadro) para aquisição pela Câmara Municipal do Funchal, pertencentes a António Aragão.

Recorde-se que, em Fevereiro, o espólio de António Aragão, figura ímpar da Cultura Madeira (pintor, escultor, escritor, historiador e investigador madeirense), foi colocado à venda em leilão público, isto depois de o anterior Governo Regional de Alberto João Jardim ter recusado uma proposta para o adquirir na totalidade por 500 mil euros. O leilão, realizado na Agência Mouraria, acabaria por ser um dos mais concorridos dos últimos anos, tendo sido vendidas 30% das peças do espólio.

Nessa altura, a Câmara Municipal do Funchal demonstrou interesse em adquirir algumas peças de António Aragão e no dia 26 de Fevereiro, por unanimidade, a autarquia aprovou, em reunião camarária, a proposta (feita pelo CDS/PP) para a aquisição de parte do espólio do artista madeirense.

“Sendo o Funchal um município turístico e assumindo esta actividade grande importância económica, importar desencadear esforços no sentido de aumentar e diversificar a oferta cultural, enriquecendo-a através do contributo dos grandes vultos da cultura do século XX, como o é António Aragão”, começa por referir a autarquia no texto da proposta de aquisição de 21 obras que hoje será votada na reunião da CMF.

E lembra que a CMF já homenageou António Aragão atribuindo o seu nome a uma rua da cidade e “agora presenteia toda a comunidade, local e forasteira, com a possibilidade de privar com parte do seu espólio que, em tempo e local próprio, será catalogado e exposto ao público”.

Mais do que um tributo à sua pessoa e à sua obra, “com esta aquisição o município do Funchal tem por objectivo criar um espaço de exposição e interacção, através do qual será possível manter vivo o seu nome e conhecer melhor a sua obra. Na verdade, o contributo que António Aragão deu à cultura é vasto mas, porventura, pouco divulgado pelo que importa reverter essa realidade”, salienta a CMF.

A autarquia deixa claro que “a história é feita de momentos e o município do Funchal reconhece que este é um momento que não pode deixar passar e assim marcar a história do município enriquecendo-o culturalmente”.

E termina frisando que as obras que o município se propõe adquirir estão elencadas numa lista e resultam de uma selecção feita pelo museólogo Francisco Clode de Sousa e baseada em dois critérios fundamentais: “Por um lado, as que retratam o homem enquanto indivíduo e enquanto artista, completo e versatilidade, e por outro, obras que evidenciam a sua relação com o Funchal e valorizem o acervo museológico da cidade”.

in Diário de Notícias Madeira, 14 de Maio de 2015
http://www.dnoticias.pt/impressa/diario/516328/5-sentidos/516340-cmf-investe-166-mil-euros-para-comprar-mais-de-100-obras-de

06 abril 2015

Bibliografia de António Aragão - Linha temporal interactiva


Bibliografia de António Aragão - Linha temporal interactiva 
Autores: Prof. Dr. Rui Torres e Dr. Bruno Ministro
Arquivo Digital da PO.EX
O Arquivo Digital da PO.EX resulta de dois projectos financiados pela Fundação para a Ciência e a Tecnologia e pela União Europeia.
http://po-ex.net/taxonomia/transtextualidades/metatextualidades-alografas/antonio-aragao-bibliografia 

21 março 2015

Universidade Fernando Pessoa lança revista Cibertextualidades sobre António Aragão

Cibertextualidades

Estudos sobre António Aragão

Publicação da Universidade Fernando Pessoa

Organização do Prof. Dr. Rui Torres

http://www.po-ex.net/pdfs/cibertextualidades7_hq.pdf


Livraria Esperança divulga títulos raros de António Aragão

 

Livraria Esperança disponibiliza títulos raros de António Aragão

A Família de António Aragão celebrou um acordo com a Livraria Esperança de modo a esta livraria disponibilizar ao público títulos raros da autoria de António Aragão. Estes títulos, até agora esgotados no mercado livreiro, podem neste momento ser adquiridos na Livraria Esperança até ruptura do stock (limitado). Para saber mais informações, nomeadamente quais os títulos ainda disponíveis, por favor contactar directamente a livraria.

Contactos:
Fundação Livraria Esperança
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